O Brasil do Toinho não é o meu.

Caraca, há quanto tempo não escrevo!
Tantas coisas me passaram pela cabeça para escrever, mas o tempo estava curto e o cansaço, extremo.
Vou falar sobre o Toinho. Não o meu primo ToNinho, mas um Toinho que retrata um Brasil que não suporto mais.
Estou cansada de gente cheia de justiça própria e argumentos que tentam de qualquer maneira transformar o que está errado em vítima.
Resumindo a história, o heroi citado é guia de uma grande empresa do nordeste. Na fila de uma atração, seus passageiros acharam que não havia nenhum problema em furar a fila, bem na frente do meu grupo. Imediatamente fui lá. Não furo fila e não admito que furem. Ao me ver falando com as meninas, já veio cheio de razão, estufando o peito e falando bem alto.
Tentou de todas as maneiras me convencer que a errada era eu, e quando não conseguiu, começou a desfiar seu rosário de ofensas. Foi uma cena tão "sem noção" que comecei a rir. Aí ele ficou louco. No início, o grupo dele ria da minha cara a cada absurdo que ele falava, mas à medida que a coisa foi se arrastando, e eu não alterei o tom de voz, a graça foi sumindo. Então ele me perguntou se era a primeira vez que eu ia à Disney...eu respondi que sim (Deus vai me perdoar a mentira). Acho que ele percebeu, porque o veneno seguinte foi: "ou então já tá aqui há tanto tempo que desacostumou de como as coisas funcionam". No mesmo tom de voz de antes, eu respondi: "se tem uma coisa com a qual não vou me acostumar nunca é a falta de educação dos brasileiros." O grupo dele ficou caladinho...
Então ele fez aquilo que julgou que seria a maior ofensa para mim, e fez todo o grupo entrar na minha frente. É uma coisa complicada de explicar, mas eram duas filas paralelas e independentes. Metade do meu grupo estava na frente dele, metade do dele na minha frente. Bom, no final o grupo inteiro. Ficaram só ele e mais 4 do outro lado. O meu grupo que estava do lado dele estava com o sangue fervendo, e eu acalmando a galera. Quando ele olhou para mim em triunfo, eu simplesmente chamei o meu grupo e mandei abrir para ele passar. Todos chegaram para o lado, e o cara não sabia o que fazer. Ficou todo desconcertado, e aí foi a vez do meu grupo rir. No fim das contas, ele nem foi no lugar que queria, se separou do grupo e perdeu o maior tempão. Para quê? Para não assumir que as meninas estavam erradas? Para ter o prazer de ofender uma pessoa?
Que tipo de exemplo ele estava dando para aqueles adolescentes? O que me deixou mais furiosa foi ele trazer o nome do Brasil na camisa. Que vergonha!
Estou cansada de nós. Estou cansada do jeitinho, da mania de justificar todos os erros, de preferência jogando a culpa nos outros.
Estou enjoada de gente que quer resolver tudo no grito, como se gritar apagasse seus erros. Como se apelar para um QI mais alto te tornasse a pessoa mais poderosa do mundo. Quantas vezes já fui criticada, ofendida e destratada por cumprir os prazos que estipulo, por não abrir exceções, por procurar ser sempre correta...
Sabe, não adianta querer um Brasil melhor se não somos pessoas melhores. O governo é retrato do povo. E não adianta dizer que você não pode impedir que os outros votem, porque se formos colocar a mão na consciência, e admitir lá no secreto do nosso quarto, quase todos já votamos ou ainda fazemos isso em interesse próprio.
O Brasil não é uma nação.  A Nação é feita de pessoas que se preocupam com o que é bom para todos. Não sou partidária dos Estados Unidos em muitos aspectos, mas eu MORRO de inveja do amor que eles tem por sua terra. Famílias entregam seu pais, filhos, irmãos, tios e avôs para lutar guerras com as quais nem concordam porque defendem sua nação antes de tudo.
Aqui? Cada um por si, e que vença o mais "esperto".
Somos um país maravilhoso, um povo maravilhoso, mas não somos um coração, uma alma.
No entanto, como dizia a propaganda, eu sou brasileira e não desisto nunca. Não perco a esperança de ver o Brasil como uma bela e forte Nação. Não vou deixar de trabalhar para isso nunca. Não vou deixar de ensinar os princípios de Deus, porque a verdade é que somos assim por não termos esses princípios em nós.
É possível um país diferente.
Quanto aos Toinhos e outros bichos, continuarei a ter que conviver com eles. Mas eles vão ter que me engolir!!!!!!

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