ACEITAÇÃO

Quando a vida vai ficando mais simples, vai diminuindo o assunto. Será? Tenho espaçado tanto as postagens que fica parecendo.
Mas a verdade é bem outra. É tanto a assimilar e entender, e às vezes é tão difícil mudar algumas coisas que não consigo achar as palavras certas para escrever. Começo a escrever e vai virando um livro!
No último post falei sobre respiração. O básico dos básicos.
Outra coisa básica se chama ACEITAÇÃO. Aceitação em todas as formas. Aceitar minhas imperfeições, aceitar as injustiças da vida, aceitar o inesperado, aceitar o ônus de minhas escolhas. Aceitar simplifica a vida. Não o aceitar estilo "vaquinha de presépio", mas o aceitar consciente das coisas que você não pode mudar, e das que você precisa mudar.
Viver simples é escolher suas lutas. É aprender a não coar o mosquito e engolir o camelo. Aceitar o que o que não é prioridade vai para o final da fila até segunda ordem. O que não é prioridade?
O pensamento alheio sobre mim é um bom exemplo. Minha natureza é perfeccionista e deseja agradar a todos. Além disso, como qualquer ser humano, saber que os pensamentos sobre mim não são muito bons dói. Mas decidi aceitar essa dor e focar minha energia em outras coisas.
A justiça pelas próprias mãos ou a vingança: não me pertencem. Também decidi aceitar a injustiça e dar tempo ao tempo. Nada como um dia após o outro.
Lutar contra o tempo? Não. Amo o tempo. Amo cada dia que vivi. Não quero ser gatinha a vida inteira, quero ser mulherão. Quero ter vida estampada em mim. Não que eu vá me entregar sem luta à flacidez ou às rugas, mas eu não desejo voltar no tempo. Marcas de guerra são marcas de honra.
Defender um político até à morte? Mas nem a pau! Defender minha pátria? Até a morte!
Gastar meus dias e minha força para adquirir coisas? Tenho tudo o que preciso. Minha luta no trabalho é outra. Quero viver, e não sobreviver. Aceito ter menos do que já tive para ganhar o que não tem preço.
Aceitação é uma fase muito difícil dessa caminhada. Um caminho estreito, difícil e cheio de armadilhas. Às vezes a justiça própria fala mais alto, ou a auto piedade. Também pode ser a ambição, ou o orgulho. Aceitar que o mundo não gira ao nosso redor é dolorosamente libertador. Eu não carrego mais o mundo, a cada dia deixo um pouco dele para trás. Escolher minhas batalhas não é fácil de jeito nenhum.
Mas agora meus olhos estão voltados para algo maior, de verdadeiro valor. A aceitação vem atrelada a um sentimento que é muito maior do que conhecemos. Aceitação anda junto com amor.
Amor... meu próximo post é sobre ele.



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