CURTO, MÉDIO OU LONGO PRAZO?


E a batalha campal das eleições continua. Me sinto realmente triste, porque não vejo uma boa opção, uma saída que seja realmente boa para o país. E pior, as pessoas estão se degradando num nível de baixaria e desrespeito absurdo, começando pelos candidatos.
Diante disso, não tenho tido a leveza necessária para escrever coisas realmente legais e gostosas de ler, mas vamos tentar!

Depois do mega evento Garage Sale, ainda vendi um bocado de coisas pela internet, doei dois carros cheios e ainda tenho duas caixas e uma sacola grandes para doar. É infindável!
Com o que conseguimos ganhar, compramos: a penteadeira e o balanço de teto que a Alice sonhava, o porta-bolsas com espelho de corpo inteiro que a Amanda queria e criados mudos novos para o meu quarto. E uma mesa linda para a copa.
Para baratear, comprei a penteadeira e os criados mudos só lixados, para eu pintar. Ok, para baratear e eu me divertir, né...
Agora estamos juntando nosso dinheirinho para a tinta!
Eu poderia comprar a tinta, poderia dar uma apertada e fazer tudo de uma vez, mas esse não é o propósito. Quero que nossa casa, e o que há nela, seja fruto de um esforço conjunto, o resultado de um plano. Então, não sei se nossos projetos estarão prontos até o fim do ano, por exemplo. Depende de cada um de nós, do nosso esforço, da importância que damos ao que decidimos fazer.
Para mim tem sido uma experiência nova e gratificante.
Tenho tirado lições sobre decidir o que é prioridade, trabalho em equipe (mesmo que a equipe de vez em quando surte, como na ida à Torre de TV debaixo de um sol esturricaste!), e calma.
A nossa casa reflete nossa vida, está em constante mudança. Cheguei à conclusão de que uma casa nunca fica pronta. Quando você acha que acabou, seus filhos já cresceram, suas necessidades já mudaram, e começa tudo de novo. E aí você enjoa da posição dos móveis. E aí você viaja e encontra uma coisa que não pode mais ficar sem. E aí você ganha presentes. E aí você produz lixo. E aí as coisas quebram. E aí, e aí, e aí.
Com tantas variáveis, estabeleci algumas coisas para curto, médio e longo prazo:
- curto  - definir o limite entre minimalista e desmemoriada, e manter minha bagunça encurralada.
- médio - ter um sistema eficiente de desova de bagunça
- longo - estabelecer um ciclo tranquilo de renovação dentro de casa.

Esses dias, confesso, dei um tempo no processo, para descansar, mesmo. Mas mesmo em pausa, o processo não pára. Minha mente está num processo de descomplicação enorme. Minhas roupas também. Meu espírito também. Tenho parado, prestado atenção, ouvido, de uma maneira que nunca fiz antes. Simplificar é, necessariamente, desacelerar, mesmo que durante o processo haja correrias e trabalho duro. O desacelerar é interno, às vezes me sinto duas. A que corre por fora, a que respira e medita por dentro. Simplificar é para ser bom, não peso. Tenho lido mais, sentado mais, assistido TV, brincado com as cachorras.

A partir da próxima semana e até o Natal  vem dias de loucura, dias que não cabem no calendário, mas acontecem por milagre. Ainda assim, correria por fora, calma por dentro.

Agora, tem uma coisa que está presente no curto, médio e longo prazo: ser feliz. Mesmo com um futuro tão incerto pela frente. Respire fundo e seja feliz, independente da bagunça da casa ou do país.




Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Quais são suas intenções com a minha filha?

Beleza Colateral

O DIA EM QUE EU VIREI GENTE GRANDE