Campeão Moral
Dando mais uma parada nos meus projetos, preciso escrever sobre campeões morais.
Desde pequena lembro de ser campeã moral da Copa do Mundo (ok, na última nem campeão moral deu pra ser), do vôlei, da gincana da escola. Ser campeão moral é, basicamente, ser injustiçado. Se a injustiça é real ou imaginária, indifere. Ser campeão moral é especialidade dos brasileiros. Desde pequena, nunca gostei disso. Ser campeão moral não adianta nada.
Mas essa semana o campeão moral mudou na minha cabeça.
Campeão moral não é o nosso futebol, esse sim, sempre com condição humana e estrutural de vencer de fato e caindo por seus próprios erros.
O exemplo de campeões morais, para mim, são o Wilbert Batista e a Laís Emerick.
Eu não gosto nem de tirar par ou ímpar com eles, porque eles não perdem. É um espírito vitorioso que só quem conhece entende o que eu estou falando. Brincadeira de acampamento, só se for na equipe deles, porque a competição está no sangue.
Já vi a Laís, no fim do dia, dar duas voltas no lago do Epcot porque os meninos resolveram competir com ela. Só quem é guia sabe o que é dar duas voltas naquele lago no fim do dia, que dirá correndo. Ah, ela ganhou, só pra constar.
Já vi a Laís, no fim do dia, dar duas voltas no lago do Epcot porque os meninos resolveram competir com ela. Só quem é guia sabe o que é dar duas voltas naquele lago no fim do dia, que dirá correndo. Ah, ela ganhou, só pra constar.
Campeão moral de verdade é aquele que usa toda a estrutura, desenvolve seu talento ao máximo, dá cada gota de suor do seu corpo e pode dizer que combateu o bom combate. Campeão moral chora, sofre, se supera, passa a adversária nos 400m finais mesmo que isso signifique "apenas" ficar em 45º, e não 46º lugar. E o Ibi, que até outro dia nem atleta era, e ficou 40 posições à frente do segundo brasileiro mais bem colocado ? Super campeão moral!
(Pequeno detalhe, estou falando do mundial de triatlon..Isso mesmo: MUNDIAL)
Tive que parar e escrever sobre eles, porque me impressionam. São campeões morais, com moral e na moral. Fico pensando se esses dois tivessem a estrutura de um país desenvolvido, se o governo incentivasse, até onde eles iriam. Tem alguma coisa além do primeiro lugar? Porque técnicos e nutricionista incríveis eles têm, disposição e competência nem se fala, é uma questão mesmo de estrutura e investimento financeiro.
Eles não competem, eles voam. Já entram vitoriosos. Segundo lugar é celebrado, mas com planos imediatos para a próxima.
Quando dei meus parabéns evitei usar o "já são campeões" e outras frases que usamos tanto. Se bem conheço, ficou um gostinho amargo que vai gerar um novo esforço e vai ser o degrau para ir mais longe. São campeões, sabem que são, mas não ficam satisfeitos até provarem a si mesmos que são.
A gente precisa aprender com eles que ser vitorioso é um estado de espírito! E que seja para simplificar a vida ou para ser triatleta, foco, força e fé são indispensáveis! Valeu, Ibi e Lala, vamos para a próxima!!!!
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