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Mostrando postagens de 2015

Clara & Clarinha

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Meu marido me chama de Clara. Gosto muito desse nome. E agora tem a Clarinha... Uma bebê esperta e charmosa que roubou totalmente meu coração. Ela me impressiona todo dia. Nasceu de 7 meses, e quando conheci tinha 3 meses, com carinha de recém nascida. Nos reencontramos 1 mês depois e já era outra criança, risonha e barulhenta. A alegria da casa onde mora. Mais 1 mês, e nosso laço ficando mais forte, assim como ela. Os cabelos começaram a crescer, muitos cachinhos. O olhar da Clarinha me impressiona. Ela não vai rindo para qualquer um, não. Quando você chega, ela franze uma sobrancelha e te examina de alto a baixo. Depois dá um sorriso desdentado e cai na farra com você. Domingo cheguei lá e pela primeira vez não teve sobrancelha franzida, fomos direto para a risada! Pulou, gritou e balançou os bracinhos. Se ela fosse uma bebê nascida a termo já seria muito esperta, mas quando lembro que nasceu mais de dois meses antes da hora, é realmente impressionante. Parece ter um entendimen

Espaço de tensão

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Em um lugar bem, bem distante, há uma mulher passando pelo mesmo que eu. Escreve coisas que chegam a me assustar, porque sua mensagem tem nome completo, cpf e endereço: o meu. Hoje, lendo seu blog, me deparei com esse texto, que traduzo aqui livremente: " Essa semana minha amiga, Amy, postou uma frase de Tim McKee que me abalou. Ele disse, 'o trabalho de uma pessoa madura é carregar luto em uma mão e gratidão na outra, e ser alargada por eles.' Existe uma coisa poderosa sobre o espaço que está entre nossas duas mãos cheias. Entre nosso luto e nossa gratidão fica o nosso coração - e é aí que acontece o trabalho mais duro. O espaço do coração é onde trabalhamos nossa maturidade espiritual. Talvez você esteja tentando achar um jeito de reconciliar seu luto com o seu senso de gratidão. Talvez você esteja tentando encontrar o equilíbrio entre eles. Talvez você esteja vivendo no espaço apertado que há entre o lutar e o voar. Se é assim, venha para o seu tapete (ela é instru

DISCONCORDANDO

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Aqui em casa falamos "disconcordo". Mais delicado que discordo, não é? Então, é assim que desejo abordar meus assuntos de hoje, "disconcordando", com toda educação. Cada dia fico mais incomodada com as pressões desnecessárias e as necessidades que vão sendo criadas a cada hora. Sou a favor do progresso, da tecnologia, da evolução sempre, mas eu definitivamente não vou engolindo as coisas porque todo mundo faz, comprando a novidade que não posso viver sem e assumindo regras e verdades criadas, muitas vezes, para trazer à vida um novo nicho de mercado. Disconcordo dos artigos de nutrição, minhas amigas nutricionistas me perdoem. Vivemos uma paranóia alimentar sem precedentes. Disconcordo dos modismos esportivos. Desde quando fazer musculação é treinar? Porque todo mundo tem que correr? Lutar? Dançar? Cada um é um, e não é melhor nem pior pelas escolhas que faz em termos de atividade física. Quem corre despreza quem caminha, quem caminha despreza quem não faz

Organizando o cardápio... e meu tempo!

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Em 2011, quando tive o privilégio enorme de participar com outras 29 mulheres do treinamento do Instituto Haggai de Maui, fui surpreendida várias vezes. Aquilo que eu estava ansiosa para ouvir, que eu achava que precisava aprender, pouco me acrescentou. Mas aqueles assuntos que eu achava que dominava... esses mexeram muito comigo. Um deles foi administração, ou mordomia. Administração de recursos, talentos e tempo. De que maneira eu estava utilizando esses 3 pontos. Desde então, comecei a fazer pequenas e constantes mudanças na minha vida, buscando otimizar o que está nas minhas mãos. Sabe aquelas propagandas "mais tempo pra você"? Mais ou menos isso. Eu queria mais tempo para me relacionar com as pessoas. Já faz um tempo que sou organizada em relação à alimentação em casa. Faço cardápios e tudo o mais.  Mas só fazer cardápio não estava adiantando. Muitas vezes me vi triste da vida na frente do cardápio porque estava morta, ou só com preguiça mesmo. Uma receita simples,

Absorvendo

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Estou sempre com pressa. Ou estava. Sempre correndo de uma coisa para outra, para outra, para outra e... para outra. Correr não é o problema, o problema é não viver. Passar pela vida sem absorver nada. Quando lá atrás decidi descer da rodinha de hamster da sociedade ( http://cheiadevida.blogspot.com.br/2014/07/o-hamster-rebelde.html ), meu tempo mudou, assim como minha velocidade. Talvez hoje eu realize ainda mais coisas do que naquela época, porque estou aprendendo a administrar meu tempo muito melhor. Assim como está acontecendo agora, nessa vibe "ame seu corpo e simplifique a vida". Eu gostaria de ter assunto para postar sobre isso todo dia, mas a verdade é que estou absorvendo. Estou meditando, destrinchando, recebendo em meus poros e em minha mente que não sou defeituosa, sou "assombrosamente maravilhosa". Tudo que há em mim, sem tirar nem por, faz de mim única. Ser único num mundo de 7 bilhões de pessoas demora a entrar na mente. Somos únicos,

A luz "marvada"

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Quem já quase morreu de raiva num provador? Não sei o que fazem com aquela iluminação "mardita" que revela todas as suas celulites, dobrinhas e outras cositas. É quase um raio X!!!!! Aquela luz fria é inclemente quando provamos um biquini, affff...... Desde o último post estou pensando, meditando numa passagem da Bíblia que diz que os olhos são a lâmpada do corpo. Se os olhos forem bons, toda o corpo será iluminado. Se forem maus, o corpo ficará em trevas. Pensando na luz do provador, cheguei à conclusão que aquela luz branca é a trevaaaaa!!!!!!! Gosto da luz branca para iluminar minha casa quando quero ver as sujeiras, as manchas, todos os defeitos. Quando quero aconchego, namoro, bate papo gostoso, não dá clima. Preciso de uma luz acolhedora, que realce o que é bonito e esconda os pequenos defeitos, faça as pessoas se sentirem bem. Assim tem que ser a luz que emana de mim. De mim para os outros e de mim para mim mesma. Quando me olho no espelho, meus olhos têm que

Mãe???? Que morre???????

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Há alguns meses me chamaram para fazer parte de um vídeo clipe, e preciso contar um momento muito engraçado que vivi nessa história. Estava eu sentada no meu canto num domingo à noite, quando fui chamada por um cidadão. Fui atrás dele e entrei numa sala. Sentei e comecei a ouvir. Me contaram que estavam produzindo o clipe de "Quando Chove", e que seria a história de uma filha que perde a mãe e luta contra a dor. Uma mãe que ensinou sobre Deus à filha, e o caminho de volta que essa filha faz até Deus no meio do seu luto. Amei a história e me identifiquei muito, até por ter perdido meu pai e a música ter falado lá no fundo da minha alma. A primeira frase da música: "uma pausa na dor", é algo que só compreende totalmente quem está de luto. Bom, estava eu lá viajando na história, imaginando as gravações, quando ouço: ..."e a gente queria que você fizesse a mãe". Oi??? Desde quando eu sou a mãe, e ainda a mãe que morre????? Acho que levei uns 5 segundos para

Eu, meu tapete e as gorduras

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Quem diz que Deus não tem senso de humor precisa conhecê-lo melhor. Gosto de contar o episódio da minha mãe quando operou os olhos de catarata: o médico falou que ela devia ficar 24 horas sem ler nada, e depois das 24 horas, tentar ler alguma coisa para ver se os olhos estavam ok. Ao completar o tempo, ela pegou a Bíblia, abriu aleatoriamente e leu com toda a nitidez: "você verá com seus próprios olhos..." Bom, esses dias tive meu momento "você verá com seus próprios olhos". Pesquisando sobre nosso corpo e a relação que temos com ele, cheguei ao lugar que me diz que meu corpo é um templo, um santuário. Habitação do Deus Vivo, do Espírito Santo. Lembrando que boa parte dos primeiros livros do Velho Testamento contém instruções sobre construção e uso do Tabernáculo (santuário), resolvi dar uma pesquisada e ver o que encontrava que pudesse me ajudar nessa área. Fui procurando, pesquisando e cheguei ao seguinte versículo: O fogo que está sobre o altar arderá nele

Índio Pelado Sulamericano

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Quando meu irmão era pequeno,  ele e meu pai brincavam de lutinha, como qualquer pai e filho desse mundo. Mas a brincadeira chamava Índio Pelado Sulamericano, e ganhava a luta quem conseguisse abaixar a calça do outro... Morro de rir pensando na cena que nunca vi. Mesmo antes de conhecer essa brincadeira eu já falava que nós, brasileiros, somos todos índios. Se pudéssemos, andaríamos todos pelados. Digo isso porque nós somos o povo "civilizado" mais pelado da terra. Em qualquer lugar que estejamos, mesmo que num baita frio, nossa roupa é sempre a mais justa. Acho que é uma maneira de nos sentirmos meio pelados. Não estou condenando ou exaltando, apenas reconhecendo um fato. Fato que gera confusão nas cabeças de outras culturas. No geral, falta de roupa significa uma coisa. Caso não seja a intenção, o corpo fica bem coberto.  Então, quando os pobres estrangeiros chegam ao Brasil, a mensagem que damos a eles é que estamos disponíveis. É um susto quando eles descobrem que nã

Que corpo é esse, hein? Mamma Mia....

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Você já jogou a palavra "corpo" no Google? Eu joguei, e fora a primeira resposta, que foi da Wikipedia, todas as demais incluíam alguma dica de exercício, dieta ou cosméticos milagrosos. O que você tem feito pelo seu corpo? Tem vivido culpada pelos quilos extras, sentindo a pressão para ir malhar e passar um esparadrapo na boca? Tem fingido que não está nem aí, batendo o pé que está feliz como está e amargando uma vida sedentária? Ou está tão consumida pela vida que nem lembra que tem um corpo? Toda vez que vejo uma celebridade da minha idade ou mais velha desfilando um corpão na praia, ou uma anônima arrasando com suas pernas de fora no mercado, a primeira pergunta que me vem à cabeça é: quantas horas por dia isso custa pra ela? Não me entenda mal, claro que eu amaria me ver livre de muitos "defeitos" no meu corpo, e tenho metas que pretendo alcançar no que diz respeito ao meu físico, mas a minha cabeça tem mudado muito em relação ao meu corpo. Em primeiro

MAY YOU STAY FOREVER YOUNG

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Hoje são 7 meses sem meu pai. Uma das coisas que sempre admirei nele é que ele era jovem. Morreu jovem aos 88 anos. Durante essa última viagem, fomos ao California Adventure, parque da Disney em Los Angeles, que arrisco dizer que é o meu preferido. Pausa de alguns segundos para pensar e... não, não arrisco nada. Bom, a Disneyland está completando 60 anos, e as comemorações são de tirar o fôlego. Aqui na casa do Biléo acho que é unanimidade (apesar de nunca termos falado, acho que é): a melhor hora do dia é quando acaba o show de fogos e ficam tocando aquelas músicas lindas, enchendo o coração da gente enquanto as lembranças boas vêm à mente. Depois dos shows a gente está sempre de boca aberta e coração feliz. Era assim que eu estava lá no California. Dessa vez havia uma grande tristeza também, mas ainda assim o coração experimentou aquela conhecida alegria. A música que tocava era de Bob Dylan, interpretada por Norah Jones, e a letra veio direto ao meu coração. Era a fonte da juv

Sempre o melhor

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Que alegria, voltou a funcionar meu blog! Tentei no wordpress, mas não gostei muito. Depois vou copiar os posts que fiz lá e colar aqui para ficar tudo junto. Estou viajando a trabalho há 32 dias, pronta para voltar para casa, sem dúvida. Foram dias bons, difíceis e de muito aprendizado. Mas uma coisa que aprendi vou levar para sempre: as pessoas são sempre o melhor que podem ser. A princípio isso não parece verdade, afinal vemos tanta gente fazendo tanta coisa ruim! Mas veja bem, não é que as pessoas fazem sempre o melhor que podem fazer, mas sim são o melhor que podem ser. Nossas atitudes nascem da nossa essência. E a nossa essência é SEMPRE a melhor possível. Esse pensamento mudou meu jeito de olhar para as pessoas, principalmente para aquelas que me magoam, ferem ou decepcionam. Independente do que fizeram, aquilo é o melhor que elas podem ser.   Moldados pela forma como fomos criados, pelos traumas que passamos, somos o melhor que podemos ser. Visualizar isso gerou misericó

Até a última gota

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Por alguns dias, achei que teria que trocar o nome do blog. Como ser cheia de vida quando perdemos um pedaço de nós? Tenho pensado muito nisso, estado atenta aos meus sentimentos. Estou achando difícil deixar a morte do meu pai para trás. É como se eu pudesse continuar ali, naquele tempo e naquele espaço, e assim perpetuar um pouquinho mais a existência dele nessa terra. Se eu fosse fazer um desenho, eu estaria agarrada à lápide de seu túmulo com unhas e dentes. Parece que existe um sentimento de culpa em deixar nossos mortos para trás, quase como se fosse pecado continuar a vida. Mas não é pecado. Se não fui eu quem morreu, preciso ficar viva. Preciso respirar, sentir, viver, mudar, continuar, levar adiante o legado que ele deixou. Realmente, tive que rever meu conceito de cheia de vida. Ser cheio de vida é estar de peito aberto para o que der e vier, o que é bom e o que é ruim. O que é péssimo também. É jogar tudo isso num liqüidificador e beber, mesmo fazendo careta, e dali extr

Profundidade, eternidade, eterna novidade

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Há 37 dias meu sangue dói. Não mais o tempo todo, mas de vez em quando me paralisa e corta meu ar, como agora, ao ler minha irmã descrevendo o dia 04/01. O Deus em quem eu creio é um Deus de coisas novas. Todo dia de manhã as misericórdias Dele são novas sobre nós. Se alguém está em Cristo, é nova criatura. Deixando as coisas que passaram, prosseguimos para o alvo. E em Apocalipse, João conta que sentado em seu trono de absoluta glória, Ele diz: "Eis que faço novas todas as coisas". Faço novas todas as coisas... sempre li e repeti isso com alegria, com alívio. Agora não. Em menos de dois meses de ano novo, perdi meu pai, o dono do meu escritório pediu a sala de volta, minha filha está indo passar 1 mês na Índia, meu marido está com emprego novo... Não sobrou nada da minha velha vida. Nada onde me segurar, nada em que me apoiar. Nada mais é como antes, das minúsculas às gigantes coisas. E então, comecei a perceber como isso é dolorosamente bom. Assim... é horrível. A sit

Dor no sangue

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Perder é uma dor. Em todos os níveis, e em qualquer situação, perder é uma dor. Eu não sou psicóloga mas acho que isso poderia ser tema de monografia. Pensando bem,  já deve existir, né? Já perdi avós, tios, primos e pessoas muito próximas e queridas. Compartilhei com muita gente sua dor, vi suas grandes perdas e sempre percebi que existia um nível de dor que ninguém conseguia alcançar, somente os pais, irmãos e filhos de quem se foi. Agora eu descobri esse nível. É o da dor no sangue. Esses não são os únicos que sofrem, choram e sentem dor, mas existe uma dor diferente para esse núcleo. A morte do meu pai dói no meu sangue, e essa dor só compartilha plenamente quem tem esse mesmo sangue, de pai e mãe. Graças a Deus que, em sua sabedoria, distribui níveis diferentes de dor. Nesses dias, meu marido, cunhados e cunhada sofreram muito, eu vi. Mas eles conseguiram cuidar de nós. Os cafés, pães e pizzas do Joel foram um carinho na nossa alma. Assim como o creme de palmito da Renata e a