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Mostrando postagens de julho, 2017

Beleza Colateral

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Há um tempo Will Smith lançou um filme que foi detonadíssimo pela crítica: Collateral Beauty, traduzido como Beleza Oculta. Na tradução do título já ficou metade do sentido do filme. Caso você não tenha ouvido falar, é a história de um homem que perde a filha e fica bem pirado. Escreve cartas para o Amor, o Tempo e a Morte, que vêm responder pessoalmente. Como sempre acontece, se a crítica odeia, eu amo. O que a Morte, o Tempo e o Amor têm a dizer são pérolas preciosas. Mas a frase que dá o título ao filme não me sai da cabeça: "Certifique-se de perceber a beleza colateral". Essa frase quem ouve é a mãe de uma menina morrendo de câncer no quarto em frente. A beleza colateral. A beleza como efeito colateral da morte. Há beleza na morte? Na morte em si não vejo, mas quanta beleza vejo surgir a partir dela. Na natureza, a semente morre e nasce a planta. Na vida, as pessoas morrem e seus frutos aparecem. O processo de morte aproxima os vivos, restaura relacionamentos, dá u

Listen to Your Heart

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Roxette foi uma das bandas que marcou minha adolescência. Quando fui morar nos Estados Unidos, sozinha numa cidade de 12.000 habitantes e onde de uma casa não se avistava outra, minha "mãe" percebeu tanto minha solidão quanto meu amor por música e me levou a uma loja de partituras e instrumentos. Saí de lá com a partitura de "Listen to your heart" nas mãos, e pobres pais postiços... Me ouviam tocar dia e noite, non stop. Aos 18 anos tudo na vida tem uma carga emocional gigante, e aquele momento marcava rompimentos e inícios na minha vida. Então, lá estava eu, ao piano, dia e noite.... "Listen to your heart... when it's calling for you.... listen to your heart...nothing else you can do..." Nunca fui muito fã de ouvir o coração, porque ele gosta de nos colocar em grandes furadas. Depois dos 18 anos e alguns grandes problemas em decorrência de simplesmente seguir o coração me tornei uma pessoa um pouco mais racional. Muito mais racional. Às vezes