Pessoas de bem
Já em meio à loucura da Operação Criança de Natal, as experiências começam a encher meu coração.
Estivemos em 3 escolas, totalmente distintas, mas vou falar delas e das minhas impressões depois. Hoje só vim rapidinho comentar essa frase do título.
Estávamos em Santa Maria, cidade nos arredores de Brasília, numa escolinha de crianças de 4 e 5 anos. Fizemos uma apresentação de manhã e outra à tarde. Muitas crianças com necessidades especiais, inclusive uma que já conhecíamos de outra escola, a Rebeca. Ela sofre de uma doença conhecida como "ossos de vidro", e tem 4 anos com tamanho de um bebê de 6 meses. Seus ossos se quebram a um simples toque, muitas vezes com fraturas externas, o que deixa muitas cicatrizes. E eu acho que eu tenho problemas...
Mas não é sobre a Rebeca o post.
Pela manhã fizemos a apresentação, e durante a cantata eu fico sentada perto das crianças. Normalmente no final tem uns 2 no meu colo, e dessa vez foi o Renan. Eles receberam as caixas com muita alegria, foi uma farra. E as minhas crianças foram pelas salas para brincar com eles, ensinar a jogar ou usar o que estava dentro da caixa. Parece brincadeira, mas muitos não sabem nem o que fazer com os brinquedinhos.
À tarde a turma era mais barulhenta, como sempre, mas também curtiu muito a cantata. Então entregamos as caixas. Brincamos um pouquinho, e uma professora veio me contar que um aluninho dela, de 5 anos, abriu a caixa, pegou a escova de dentes, o sabonete, deu um suspirinho e falou: "é, ainda existe gente de bem nesse mundo..."
A gente riu da frase tão elaborada, mas isso fica agora remoendo em mim. Dentro da situação ficou muito claro que ele sabia do que estava falando, foi muito bem aplicada a expressão.
Não consigo parar de pensar nisso. O que esse menino passa, para uma pessoa que dá um sabonete e uma escova ser a prova de que ainda existem coisas boas no mundo? Meus olhos enchem de lágrimas. Fico feliz por ser vista como uma pessoa de bem, mas esse bem é tão pouco!
A alegria do meu coração é que não deixamos para ele só uma caixa. Deixamos uma semente, e no devido tempo ela vai brotar.
Hoje ainda não tenho fotinhos, na correria esqueci a máquina. Depois postarei e apresentarei a todos o Coronel Galo.
Estivemos em 3 escolas, totalmente distintas, mas vou falar delas e das minhas impressões depois. Hoje só vim rapidinho comentar essa frase do título.
Estávamos em Santa Maria, cidade nos arredores de Brasília, numa escolinha de crianças de 4 e 5 anos. Fizemos uma apresentação de manhã e outra à tarde. Muitas crianças com necessidades especiais, inclusive uma que já conhecíamos de outra escola, a Rebeca. Ela sofre de uma doença conhecida como "ossos de vidro", e tem 4 anos com tamanho de um bebê de 6 meses. Seus ossos se quebram a um simples toque, muitas vezes com fraturas externas, o que deixa muitas cicatrizes. E eu acho que eu tenho problemas...
Mas não é sobre a Rebeca o post.
Pela manhã fizemos a apresentação, e durante a cantata eu fico sentada perto das crianças. Normalmente no final tem uns 2 no meu colo, e dessa vez foi o Renan. Eles receberam as caixas com muita alegria, foi uma farra. E as minhas crianças foram pelas salas para brincar com eles, ensinar a jogar ou usar o que estava dentro da caixa. Parece brincadeira, mas muitos não sabem nem o que fazer com os brinquedinhos.
À tarde a turma era mais barulhenta, como sempre, mas também curtiu muito a cantata. Então entregamos as caixas. Brincamos um pouquinho, e uma professora veio me contar que um aluninho dela, de 5 anos, abriu a caixa, pegou a escova de dentes, o sabonete, deu um suspirinho e falou: "é, ainda existe gente de bem nesse mundo..."
A gente riu da frase tão elaborada, mas isso fica agora remoendo em mim. Dentro da situação ficou muito claro que ele sabia do que estava falando, foi muito bem aplicada a expressão.
Não consigo parar de pensar nisso. O que esse menino passa, para uma pessoa que dá um sabonete e uma escova ser a prova de que ainda existem coisas boas no mundo? Meus olhos enchem de lágrimas. Fico feliz por ser vista como uma pessoa de bem, mas esse bem é tão pouco!
A alegria do meu coração é que não deixamos para ele só uma caixa. Deixamos uma semente, e no devido tempo ela vai brotar.
Hoje ainda não tenho fotinhos, na correria esqueci a máquina. Depois postarei e apresentarei a todos o Coronel Galo.
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Hahaha