Paradinha
Preciso dar uma paradinha nos posts das minhas aventuras, porque meu coração está muito triste.
Quarta-feira, 13/08/2014, morreu uma esperança, e se a esperança é a última que morre, o que vem agora? No meio da corrida política, o impensável: morre o candidato que aprendi a admirar e apoiava com todas as minhas forças. No começo estava meio cética, mas passou rápido. Agora, morreu. Assim, sem mais nem menos. Explodiu o avião. Acabou. Estou de luto, pelas famílias e pela política brasileira. No entanto, vejo que dessa situação pode nascer de novo a esperança da mudança que tanto quero, que tanto oro e pela qual trabalho.
Mas nem é sobre isso que quero falar, vim contar uma história que vivi há muitos anos, e me marcou muito.
Em 1990, eu morava em Asheboro, NC, nos Estados Unidos. Um homem da cidade, muitos anos antes, havia sido acusado de abusar de uma criança e passou 5 anos na cadeia. Saiu, abusou de novo e passou mais 15 anos na cadeia. Lá ele se converteu e passou a receber ajuda da igreja que eu freqüentava. Quando cumpriu sua pena, foi solto e a igreja continuou ajudando. Deu um emprego para ele...na creche da igreja. Não muito tempo depois (agora já no tempo em que eu estava lá), o óbvio aconteceu, e ele abusou do filhinho do meu então namorado, dentro da própria creche. Prisão perpétua para ele.
Na minha cabeça era muito claro que ele jamais poderia ter ido trabalhar lá. Era o fraco dele. Por mais que ele agora fosse cristão, era tentação demais. No meu entender a igreja até merecia uma punição por expor o homem daquela maneira à sua maior fraqueza.
Não consigo deixar de traçar um paralelo com o candidato à frente das pesquisas para governador do DF, o Arruda. Grande administrador, para mim o melhor governador que Brasília já teve. Cuidou da saúde, da educação, da cidade como um todo. Mas...foi pego em falcatruas. Talvez você me questione e diga que foi armação. Se foi, deu certo, ele mostrou que sua fraqueza continuava lá. Esse é o mesmo homem que anos antes, como senador, se envolveu num grande escândalo de corrupção, mas chorou, pediu desculpas e foi redimido pela população. Agora vão fazer isso de novo? Vão colocar o homem que, ainda que talentoso, não consegue se controlar e ser honesto? Vão expor um homem que acreditam que é bom a tamanha oportunidade de se ferrar - e nos ferrar - de novo????
Vocês, que clamam por mudança, vão trazer de volta o mesmo?
Vocês, que oram por mudança, por honestidade, vão colocar o fraco no lugar em que mora seu pior inimigo?
Desculpem o tom, não quero desrespeitar ninguém, mas é muita incoerência.
Querer mudar com o mesmo é impossível. Acreditar que apenas com a força de vontade alguém vence suas fraquezas é muita inocência.
Você gosta do Arruda? Ajude-o, não votando nele. É assim que eu penso, e assim que farei.
A mudança começa em nós e continua no nosso voto. Pense nisso.
P.S.: nunca pedi isso, mas se você concorda, por favor compartilhe. Não cite o Arruda, para que as pessoas não cheguem já pensando nele ao ler a história. As pessoas precisam ler isso e pensar. Thanks!
Quarta-feira, 13/08/2014, morreu uma esperança, e se a esperança é a última que morre, o que vem agora? No meio da corrida política, o impensável: morre o candidato que aprendi a admirar e apoiava com todas as minhas forças. No começo estava meio cética, mas passou rápido. Agora, morreu. Assim, sem mais nem menos. Explodiu o avião. Acabou. Estou de luto, pelas famílias e pela política brasileira. No entanto, vejo que dessa situação pode nascer de novo a esperança da mudança que tanto quero, que tanto oro e pela qual trabalho.
Mas nem é sobre isso que quero falar, vim contar uma história que vivi há muitos anos, e me marcou muito.
Em 1990, eu morava em Asheboro, NC, nos Estados Unidos. Um homem da cidade, muitos anos antes, havia sido acusado de abusar de uma criança e passou 5 anos na cadeia. Saiu, abusou de novo e passou mais 15 anos na cadeia. Lá ele se converteu e passou a receber ajuda da igreja que eu freqüentava. Quando cumpriu sua pena, foi solto e a igreja continuou ajudando. Deu um emprego para ele...na creche da igreja. Não muito tempo depois (agora já no tempo em que eu estava lá), o óbvio aconteceu, e ele abusou do filhinho do meu então namorado, dentro da própria creche. Prisão perpétua para ele.
Na minha cabeça era muito claro que ele jamais poderia ter ido trabalhar lá. Era o fraco dele. Por mais que ele agora fosse cristão, era tentação demais. No meu entender a igreja até merecia uma punição por expor o homem daquela maneira à sua maior fraqueza.
Não consigo deixar de traçar um paralelo com o candidato à frente das pesquisas para governador do DF, o Arruda. Grande administrador, para mim o melhor governador que Brasília já teve. Cuidou da saúde, da educação, da cidade como um todo. Mas...foi pego em falcatruas. Talvez você me questione e diga que foi armação. Se foi, deu certo, ele mostrou que sua fraqueza continuava lá. Esse é o mesmo homem que anos antes, como senador, se envolveu num grande escândalo de corrupção, mas chorou, pediu desculpas e foi redimido pela população. Agora vão fazer isso de novo? Vão colocar o homem que, ainda que talentoso, não consegue se controlar e ser honesto? Vão expor um homem que acreditam que é bom a tamanha oportunidade de se ferrar - e nos ferrar - de novo????
Vocês, que clamam por mudança, vão trazer de volta o mesmo?
Vocês, que oram por mudança, por honestidade, vão colocar o fraco no lugar em que mora seu pior inimigo?
Desculpem o tom, não quero desrespeitar ninguém, mas é muita incoerência.
Querer mudar com o mesmo é impossível. Acreditar que apenas com a força de vontade alguém vence suas fraquezas é muita inocência.
Você gosta do Arruda? Ajude-o, não votando nele. É assim que eu penso, e assim que farei.
A mudança começa em nós e continua no nosso voto. Pense nisso.
P.S.: nunca pedi isso, mas se você concorda, por favor compartilhe. Não cite o Arruda, para que as pessoas não cheguem já pensando nele ao ler a história. As pessoas precisam ler isso e pensar. Thanks!
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