Tempo para tudo
Outro dia assisti um filme, ou melhor, um pedaço de filme, que me fez refletir em todo esse processo de simplificação que decidi encarar.
"O Preço do Amanhã" se passa numa sociedade em que o dinheiro é o tempo. Tempo é dinheiro, literalmente. As pessoas tem um X de tempo, e tudo que compram têm preços em medidas de tempo: custa 1 ano, custa 2 meses, e por aí afora. E ao contrário do dinheiro, a falta de tempo mata. Se o indivíduo ficar sem tempo, morte imediata. O salário é em tempo, a comida, a roupa, a passagem de ônibus…
Fiquei com isso na cabeça. O valor do tempo.
Simplificar a vida tem tudo a ver com o valor do tempo, das pequenas às grandes coisas. Hoje, muito mais do que antes, o preço do que eu quero é o tempo que terei que investir para conseguir a grana necessária, ou que terei que gastar para cuidar e manter meu sonho de consumo.
Pesa o tempo extra que leva para limpar uma casa cheia de badulaques e o tempo gasto para ir comprar uma coisa mais barata a quiômetros de distância.
Por exemplo: aqui em Brasília existe o Taguacenter, a uns 30 km da minha casa. Lá se encontra de tudo, às vezes mais de 50% mais barato que aqui por perto. Mas o tempo que gasto para ir e voltar… Muitas vezes escolho gastar mais e economizar tempo. Como no dia do papel de seda. Um pacote com 100 folhas de papel de seda lá custa 6,00. Perto da minha casa, 22,00. É muita diferença, mas era a única coisa que eu precisava comprar. Eu economizaria combustível e quase uma hora do meu tempo. Fazendo as contas, valia a pena, e comprei o de 22,00.
Quanto vale seu tempo?
Eu vou te dizer com o que eu economizo e não economizo tempo, faça sua lista também.
Eu economizo tempo nas compras, como no caso acima. Quando vou ao Taguacenter, ao mercado ou aqui por perto, eu faço uma lista. Até para o shopping sou capaz de levar uma lista. Passear no shopping não é dos meus programas prediletos, então procuro ser mais objetiva.
Aliás, pausa para um comentário: depois de entrar nesse processo de simplificar a vida, demoro quase a metade do tempo que gastava no supermercado. E gasto uns 30% a menos. Planejamento e propósito fazem diferença em tudo.
Voltando: no que eu não economizo tempo: organizando festas, fazendo bolos, fazendo presentes, tomando café, encontrando minha família. Viro facilmente noites cortando, colando, pintando, confeitando. Cada um de nós tem uma maneira de demonstrar seu amor, e a minha é essa. Doando meu tempo, minhas idéias e minhas mãos. Para isso não economizo mesmo. Amo doar meu tempo. Tem que ser uma doação especial, não saio entregando para qualquer um. Meu tempo é meu bem mais precioso, e eu faço questão de gastar com o que e quem é importante para mim.
Quando viajo, gasto meu tempo no que vai ficar para sempre. Prefiro mil vezes um passeio a um shopping.
Claro que vou aos outlets americanos, e também ao mercado. Aliás, se eu não for ao mercado local, não conheci a cidade. Mas o tempo que gasto lá, economizo aqui, porque comprei coisas não vou ter que comprar aqui.
Sentar num dos países do Epcot, na Disney, e ver o por do sol me agrada muito mais do que qualquer coisa que eu possa comprar. Ou ver os skatistas em Venice Beach. Ou tomar um café na praça em Veneza. Ou, ou, ou...
Para mim, o tempo de sentar num lugar gostoso e não fazer nada vale muito mais que o tempo gasto num shopping.
Tenho muitas reservas a "viagens de compras". Acho um desperdício ir a Orlando e visitar 1 ou 2 parques. Não vejo sentido nisso. Então vá para um lugar sem atrativos, compre e volte.
Mas aí, volto na questão do tempo: vale a pena? E se você é muambeiro, me perdoe a sinceridade, mas ainda por cima é crime.
Não sou a xiita-anticompras-abaixo-o-consumismo e coisa e tal, e me divirto quando levo o povo para o shopping e só vejo a correria para abraçar o mundo com as pernas e o desespero quando "my card is boom", mas não é para mim. Em vez de um vestido novo prefiro almoçar pela vigésima vez com a Cinderela, e deixo de trocar meu celular para nadar com um golfinho mais uma vez.
Viagem para mim é experiência. Viver coisas boas, enfrentar situações boas e ruins, conhecer o diferente e aprender. Aprender a comer uma coisa diferente, aprender costumes diferentes e muitas outras coisas. Estou sempre em busca do que não tem preço, e é aí que eu gasto meu tempo.
Não quero ser uma velhinha acabada de tanto trabalhar, que teve seus sonhos esmigalhados pela dura realidade da vida que eu mesma me impus. Quero usar meu tempo de tal maneira que eu nunca pare de sonhar e de me colocar objetivos. Justamente por isso, não quero nada que me prenda, consuma ou segure. Quero muito poucas coisas. Quero é a liberdade de mudar quando e para onde decidirmos sem me descabelar com toda a minha carga.
Quero viajar sem me preocupar com milhares de detalhes criados pela minha vida complicada.
Velhinha, sonhadora, e livre. Essa serei eu!!!!!
A liberdade está nas minhas próprias mãos!
"O Preço do Amanhã" se passa numa sociedade em que o dinheiro é o tempo. Tempo é dinheiro, literalmente. As pessoas tem um X de tempo, e tudo que compram têm preços em medidas de tempo: custa 1 ano, custa 2 meses, e por aí afora. E ao contrário do dinheiro, a falta de tempo mata. Se o indivíduo ficar sem tempo, morte imediata. O salário é em tempo, a comida, a roupa, a passagem de ônibus…
Fiquei com isso na cabeça. O valor do tempo.
Simplificar a vida tem tudo a ver com o valor do tempo, das pequenas às grandes coisas. Hoje, muito mais do que antes, o preço do que eu quero é o tempo que terei que investir para conseguir a grana necessária, ou que terei que gastar para cuidar e manter meu sonho de consumo.
Pesa o tempo extra que leva para limpar uma casa cheia de badulaques e o tempo gasto para ir comprar uma coisa mais barata a quiômetros de distância.
Por exemplo: aqui em Brasília existe o Taguacenter, a uns 30 km da minha casa. Lá se encontra de tudo, às vezes mais de 50% mais barato que aqui por perto. Mas o tempo que gasto para ir e voltar… Muitas vezes escolho gastar mais e economizar tempo. Como no dia do papel de seda. Um pacote com 100 folhas de papel de seda lá custa 6,00. Perto da minha casa, 22,00. É muita diferença, mas era a única coisa que eu precisava comprar. Eu economizaria combustível e quase uma hora do meu tempo. Fazendo as contas, valia a pena, e comprei o de 22,00.
Quanto vale seu tempo?
Eu vou te dizer com o que eu economizo e não economizo tempo, faça sua lista também.
Eu economizo tempo nas compras, como no caso acima. Quando vou ao Taguacenter, ao mercado ou aqui por perto, eu faço uma lista. Até para o shopping sou capaz de levar uma lista. Passear no shopping não é dos meus programas prediletos, então procuro ser mais objetiva.
Aliás, pausa para um comentário: depois de entrar nesse processo de simplificar a vida, demoro quase a metade do tempo que gastava no supermercado. E gasto uns 30% a menos. Planejamento e propósito fazem diferença em tudo.
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Achei um aplicativo muito legal: calendário da família, listas, tudo compartilhado nos telefones. Nunca mais esquecemos a Alice no balé...kkkkkkkkk |
Voltando: no que eu não economizo tempo: organizando festas, fazendo bolos, fazendo presentes, tomando café, encontrando minha família. Viro facilmente noites cortando, colando, pintando, confeitando. Cada um de nós tem uma maneira de demonstrar seu amor, e a minha é essa. Doando meu tempo, minhas idéias e minhas mãos. Para isso não economizo mesmo. Amo doar meu tempo. Tem que ser uma doação especial, não saio entregando para qualquer um. Meu tempo é meu bem mais precioso, e eu faço questão de gastar com o que e quem é importante para mim.
Quando viajo, gasto meu tempo no que vai ficar para sempre. Prefiro mil vezes um passeio a um shopping.
Claro que vou aos outlets americanos, e também ao mercado. Aliás, se eu não for ao mercado local, não conheci a cidade. Mas o tempo que gasto lá, economizo aqui, porque comprei coisas não vou ter que comprar aqui.
Sentar num dos países do Epcot, na Disney, e ver o por do sol me agrada muito mais do que qualquer coisa que eu possa comprar. Ou ver os skatistas em Venice Beach. Ou tomar um café na praça em Veneza. Ou, ou, ou...
Para mim, o tempo de sentar num lugar gostoso e não fazer nada vale muito mais que o tempo gasto num shopping.
Tenho muitas reservas a "viagens de compras". Acho um desperdício ir a Orlando e visitar 1 ou 2 parques. Não vejo sentido nisso. Então vá para um lugar sem atrativos, compre e volte.
Mas aí, volto na questão do tempo: vale a pena? E se você é muambeiro, me perdoe a sinceridade, mas ainda por cima é crime.
Não sou a xiita-anticompras-abaixo-o-consumismo e coisa e tal, e me divirto quando levo o povo para o shopping e só vejo a correria para abraçar o mundo com as pernas e o desespero quando "my card is boom", mas não é para mim. Em vez de um vestido novo prefiro almoçar pela vigésima vez com a Cinderela, e deixo de trocar meu celular para nadar com um golfinho mais uma vez.
Viagem para mim é experiência. Viver coisas boas, enfrentar situações boas e ruins, conhecer o diferente e aprender. Aprender a comer uma coisa diferente, aprender costumes diferentes e muitas outras coisas. Estou sempre em busca do que não tem preço, e é aí que eu gasto meu tempo.
Não quero ser uma velhinha acabada de tanto trabalhar, que teve seus sonhos esmigalhados pela dura realidade da vida que eu mesma me impus. Quero usar meu tempo de tal maneira que eu nunca pare de sonhar e de me colocar objetivos. Justamente por isso, não quero nada que me prenda, consuma ou segure. Quero muito poucas coisas. Quero é a liberdade de mudar quando e para onde decidirmos sem me descabelar com toda a minha carga.
Quero viajar sem me preocupar com milhares de detalhes criados pela minha vida complicada.
Velhinha, sonhadora, e livre. Essa serei eu!!!!!
A liberdade está nas minhas próprias mãos!
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