Going Global

Maui, 5 de agosto.

Está acabando a primeira semana de curso, incrível! Tem sido dias intensos, das 6:40 da manhã às 19:00. Hoje, não sei exatamente por que, terminamos o dia todas acabadas, estragadas.
Ficar sentada o dia inteiro mata. Depois de uma temporada de Disney e de uma colônia de férias, então, é complicado.
Mas estou amando. Está mexendo bem lá no meu fundo. Estou sendo constantemente desafiada. Outro dia achei que ia ter que dirigir o louvor, ai, Jesus. Ia ser uma debandada geral. Mas não precisei.
As aulas são impactantes, e a gente tem bastante tempo para trocar experiências. Quanta história, quanta beleza, quantas lágrimas e sorrisos.
É um grupo muito alegre, estamos sempre com a risada pronta, mas em alguns momentos a coisa fica bem séria.
Agora que já estamos ambientadas, estamos menos globalizadas e mais "localizadas". Quando chegamos, tínhamos na cabeça regras universais de convivência, mas à medida em que vamos nos conhecendo, vamos também relaxando, e aí as diferenças de cultura começam a aparecer.
Gente, as indianas e as nigerianas são capazes de brigar por horas para decidir como vamos numerar o grupo para uma tarefa! Como bem disse minha colega brasileiríssima Cidinha, aí a gente entende porque explode tanta bomba por lá...
Tem uma professora especificamente que é puro impacto na minha vida. É libanesa, convive diariamente com o terrorismo. Seus filhos já quase morreram em atentados duas vezes, uma na própria casa deles. Seu marido também vive levando "sustos". Hoje ela disse que no país dela você só tem 3 opções: conhece Jesus, e isso te dá paz e segurança, vira alcoolátra ou fica louco. Esse é o retrato do Líbano. Ainda assim, ela sorri com o rosto inteiro. É linda!
A gente se sente muito pequena diante de uma pessoa assim. Sou abençoada por ter a oportunidade de conhecê-la e ouvir o que ela tem pra dizer.
Somos 13 países bem diversos em todos os aspectos, mas eu cheguei à conclusão que a coisa mais global que há é a necessidade que temos de amor. E essa necessidade só tem uma solução. Simples e fácil. E ainda assim todos preferem continuar procurando nos lugares errados. Dá uma pena...
Algumas cenas aqui são impagáveis, como minha companheira de quarto na esteira da academia. Quase fiz xixi de tanto rir. Jogar totó com as filipinas não tem preço. A Malasiana dançando. As indianas discutindo.
30 mulheres malucas e um só propósito: mudar o mundo em que vivem.
Estou mais cheia de vida que nunca!




Mais indianas...


Beautiful ladies. Depois da discussão, promovidas a Crazy Ladies.

Comentários

joel disse…
Clarice, posso imaginar o que você esta vendo, aprendendo, conhecendo, e ao mesmo tempo posso ver como você pode estar lidando no seu interior em saber que você vive num país em que temos tanta liberdade para expressar o que sentimos por esse Deus que conhecemos e que tentamos seguir apesar de nossas tantas fraquezas. Que você aprenda bastante para ensinar às pessoas que necessitam.

Abraços,

Joel

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